Entre Primaveras,

encontro-me só, com lápis e papel na mão.

Decepcionada com o desconhecido de mim..

Imagino seu rosto
e ele se distorce em minha mente;
vejo sua foto para lembrar
como é a sensação
de perder o fôlego
e me sinto indiferente.
Será que é apenas uma desilusão?
Ou será que,
ao vê-lo sorrindo para mim novamente,
eu perderei mais uma vez a respiração?
Vulnerável eu fico tantas vezes
ao lembrar-me dos seus olhos.
Vejo-te ficando,
ao menos uma vez,
feliz ao cruzar os olhos
com os meus.
Vejo-me ficando melancólica
ao ver você.
Por que é assim?
Por que o que não me falta
me completa quando vem de você?
Se não esquecer seu rosto hoje,
certamente tudo recomeçará ao reencontrá-lo.
E sentirei de novo
a inexorável paixão que incendeia
e vem de ti.